Estela Lá?

(Foto: Arquivo 94fm.com.br)

A vice-prefeita Estela Almagro parecia bastante contente com os resultados da Caravana Estadual realizada aqui em Bauru.
Em entrevista, ela ressaltou a importância de descentralização das discussões, migrando os encontros da capital paulista para as cidades do interior.
Quanto a 2010, nada definido. No entanto, Estela não descarta a possibilidade de concorrer ao posto de deputada estadual ou federal no ano que vem. Em 2006, Estela foi candidata a deputada federal e obteve pouco mais de 18 mil votos. A cidade de Bauru não tem representantes na Câmara Federal.
Estela pondera que existem compromissos com a administração municipal, mas admite que uma possível candidatura pode ser estratégica politicamente. A vice-prefeita descarta a estremecimentos com o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) durante o processo eleitoral. Nacionalmente, PT e PMDB ainda são aliados. No Estado de São Paulo, o partido do prefeito Rodrigo Agostinho sustenta o governo de José Serra.

Marta: “preconceito mantém PSDB no Estado”

Marta Suplicy com militantes do Acesso Popular

A ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy, afirmou que defende a candidatura do deputado Antonio Palocci ao governo estadual e está disposta a concorrer ao Senado ou à Câmara Federal. Segundo ela, é necessário desconstruir a imagem dos tucanos de bons gestores e administradores. “A saúde está ruim, os policias são mal pagos, a educação horrível, então onde está a boa administração do PSDB?”, questiona. Marta afirma que “há uma resistência enorme do estado de São Paulo com relação PT, mas já diminuiu bastante durante o governo Lula”.
Marta disse ainda que sempre “há medo de quem tem muito quando alguém que governa para quem tem pouco está no poder”. A ex-ministra também questionou o papel da imprensa no Estado, que, segundo ela, pode “atuar consolidando o conceito de boa administração do PSDB”.
Para a vice-prefeita de Bauru, Estela Almagro, não existe resistência da população paulista ao Partido dos Trabalhadores. Segundo ela, o que justifica as consecutivas derrotas do PT no Estado foi uma “falta de habilidade para fazer a coisa certa na hora certa”. Ela ressalta que nas últimas eleições, o partido alcançou votações na casa dos 30 por cento, o que representa um eleitorado forte e fiel. Para Estela, as caravanas podem ajudar em um avanço do PT em São Paulo.
Vale lembrar: O PSDB está no comando de São Paulo há 16 anos. Desde 1994 foram eleitos para o cargo de governador do Estado: Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.

PT de olho em São Paulo

A Caravana organizada pelo Partido dos Trabalhadores na cidade de Bauru reuniu mais de 600 pessoas no auditório da ITE, no último sábado, dia 20.
Essas caravanas têm acontecido por todo o Estado, mobilizando lideranças petistas regionais, estaduais e nacionais.
Na cidade, a principal anfitriã do evento foi a vice-prefeita Estela Almagro, que contou com a presença do prefeito peemedebista Rodrigo Agostinho, de secretários municipais e dos vereadores Batata e Roque Ferreira. Além disso, lideranças de várias cidades próximas que formam a região “Macro Bauru” também apareceram por lá.
Entre os ilustres, os petistas José Dirceu e José Genoíno, os senadores Aloísio Mercadante e Eduardo Suplicy, a ex-ministra e ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, o presidente estadual do partido Edinho Silva, o prefeito de Osasco Emídio de Souza, o presidente da Câmara Federal Arlindo Chinaglia,além de outros deputados federais e estaduais, como João Paulo Cunha e Rui Falcão.
O encontro foi marcado por discursos inflamados e muitos aplausos. Zé Dirceu, que teve seus direitos políticos cassados por denúncias de corrupção, foi recebido com muitas pompas, com direito a jantar especial na noite que antecedeu a caravana. O ex-presidente do PT atendeu a pedidos particulares de Estela Almagro para participar da caravana em Bauru. Os dois integram a mesma corrente do Partido, a “Construindo um Novo Brasil”.
Correntes a parte, união partidária, alianças, eleições de 2010 e críticas às administrações tucanas deram o tom das discussões. O consenso prevalece quanto às eleições presidenciais. Os petistas defendem “o terceiro mandado para o projeto de transformação do Brasil”, encabeçado pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Quanto ao governo do Estado, a situação é mais delicada. O PT tem como principal meta tirar São Paulo do comando do PSDB, que está no poder há 16 anos. Por isso críticas tão fortes à saúde, à educação e à segurança pública do governo tucano. Para Marta Suplicy, é necessário “desconstruir a imagem de bons administradores e gestores” que é associada ao PSDB. A ex-ministra do Turismo não deixa de apontar os veículos de Comunicação como co-responsáveis pela consolidação dessa imagem para a opinião pública.
No encontro, os petistas fizeram questão de ressaltar a legitimidade e a condição de sustentar uma candidatura própria no pleito estadual. Essa foi uma possível reação às especulações em torno de uma candidatura de Ciro Gomes (PSB) na cabeça da chapa, apoiada pelo PT.
José Dirceu contrariou seus companheiros e disse que o PT não deve se fechar e deve construir alianças e cogitar a possibilidade de não investir em uma candidatura própria. Ele destacou a necessidade de conquistar apoio dos partidos que sustentem o governo Lula no estado de São Paulo. Por aqui, partidos como o PMDB, PSB, PDT e PTB formam a base aliada do governador tucano José Serra.
Por enquanto, o futuro do PT em São Paulo continua incerto. Alguns do PT, como Marta Suplicy e até mesmo o presidente Lula, defendem o nome do deputado Antonio Palocci para a disputa do governo do Estado. Outros querem os mais desconhecidos Emídio de Souza (prefeito de Osasco) e Fernando Haddad (ministro da Educação). Existe ainda quem defenda o nome do próprio presidente Lula. Outros menos resistentes acreditam na aliança em torno de Ciro Gomes.
Essas dúvidas só o tempo e as articulações políticas vão poder solucionar. O que não podemos mais é ficar a mercê de um governo que sucateia a Educação pública, privatiza bancos, coloca a Polícia Militar para bater em estudantes e promove uma guerra entre a PM e a polícia civil. As caravanas são uma forma interessante de mobilizar, unificar e sensibilizar a militância.
Tomara que dê certo!

E o esgoto? Vai bem?

(Foto: arquivo 94fm.com.br)

TÁ DI BOA!!!

Terceiro milênio, século XXI, ano 2009, mês de junho (quando é comemorada a Semana do Meio Ambiente), dia 08: “O esgoto está muito bem do jeito que está”.
Essa foi uma das frases do vereador José Segalla (DEM), na última sessão da Câmara, ao criticar o possível financiamento do município com o governo federal, no valor máximo de 100 milhões de reais, para a construção de uma estação de tratamento de esgoto na cidade. Mesmo depois de seu colega de oposição, o vereador Amarildo de Oliveira (PPS), ter alertado na sessão anterior (01/06) o quão grave é o despejo de todo o esgoto da nossa cidade no rio Bauru, que posteriormente deságua no Tietê.
Apesar da infeliz declaração do” demista”, outros oposicionistas não descartam a importância da estação de tratamento, apenas não a consideram uma prioridade, ou então, não acham que compense o endividamento com o governo federal (que já é enorme – cerca de 1,1 milhão de reais mensais – 900 mil somente de juros).
Dessa vez nem o “bombeiro do governo” Renato Purini (PMDB) conseguiu apagar o fogo dos oposicionistas, que criticaram duramente o fato de o prefeito Rodrigo Agostinho ter prometido durante a sua campanha verba do fundo perdido com o governo federal para as obras da estação de tratamento e agora vir à tona a possibilidade de um financiamento por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O prefeito teve que ir à Câmara no intervalo da sessão ordinária e se reuniu às portas fechadas com os vereadores para explicar um assunto que, segundo ele, deve ser exaustivamente discutido e que foi antecipado pela imprensa. Na verdade, quem antecipou a discussão foi o deputado federal José Paulo Tóffano (PV), que anunciou entusiasmado à imprensa no dia 1º, na Câmara Municipal, que Bauru estava inscrita entre as cidades que poderiam receber o empréstimo de até 100 milhões do PAC Saneamento graças aos esforços do prefeito de Bauru e da vice Estela Almagro (PT). Rodrigo Agostinho, inclusive, foi pessoalmente a Brasília protocolar o pedido.
Mas voltando à reunião do prefeito com os vereadores, parece que o encontro ajudou a acalmar os ânimos. O tom mais ameno no discurso de alguns vereadores era notável, vide o tucano Marcelo Borges. Rodrigo Agostinho garantiu a realização de audiências públicas para discutir a construção da estação de tratamento de esgoto. Além disso, afirmou que não serão emprestados os 100 milhões em sua totalidade.
O prefeito explicou que parte da verba pode ser conseguida sim por meio do fundo perdido. Outra parte viria do fundo municipal do Esgoto (taxa que é paga pela população todo mês ao DAE). Ainda existe a possibilidade de parcerias público-privadas e com o governo do Estado de São Paulo. Apenas uma parte do custo da obra – que deve girar entre 80 milhões de reais no total – viria do financiamento junto à União.
Por enquanto, resta a esperança de que o prefeito mantenha-se convicto da importância e da necessidade de resolver a questão do esgoto em Bauru e não vire as costas para a causa ambiental, que sempre foi sua principal bandeira de luta, até mesmo por sua formação como ambientalista.
Cuidar do planeta, começando pelos rios da nossa cidade, hoje, é questão de sobrevivência.

Bem-vindos!

Esse é o primeiro post do blog que promete agitar o cenário político de Bauru.

"O Ventilador" é mantido pelo Instituto Acesso Popular, que atua no sentido de grantir noções e ações em Educação, Cultura e Política. Direitos Humanos, Meio Ambiente e Diversidade Social também serão assuntos sempre presentes no blog.

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Nossa maior intenção é promover discussão, reflexão e participação popular nas decisões políticas municipais.

É importante lembrar que, mais do que informação, faremos sempre questão de deixar bem claro o posicionamento do Instituo a cerca dos assuntos debatidos. No entanto, estamos abertos a sugestões, elogios e críticas.

Contamos com a visita e participação ativa no blog do maior número possível de pessoas. A internet possibilita a variedade e diversificação da informação. Agora podemos fugir do domínio das grandes empresas de Comunicação.

Quem sabe se "ventilando", os políticos da nossa cidade não passam a escutar a nossa voz...

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